domingo, 9 de março de 2008

O termo KITSCH surgiu em Munique, na Alemanha, no Séc. XIX. Hoje, porém, ele atingiu a sua expressão máxima na Feira da Gávea.

As feiras de antiguidades devem ter compromisso com a ética, mas não com a estética, sobretudo a convencional. Por isso, você sempre se surpreende ao visitá-las. Tem do melhor e do pior. O kitsch, então, é comum nas feiras do mundo inteiro e traz consigo um tom de ironia, que as distingue do sisudo comércio de antiguidades. Agora, kitsch como essa onça de pelúcia em tamanho natural, que hoje descansava placidamente ao sol, no centro da Praça Santos Dumont,eu nunca tinha visto. É o Kitsch elevado à enésima potência. Foi muita ousadia de quem um dia a fabricou, irreverência incontida de quem a comprou e o supra-sumo do destemor de quem a levou para passear na Feira. Diante disso, me acovardei e nem perguntei a quem pertencia.
FICA O MISTÉRIO.
Três coisas, contudo, são indiscutíveis: a onça não urinou nas árvores, nem defecou no jardim e seu proprietário não está ameaçando espécimes da fauna tropical de extinção.
SAUDEMOS, ENTÃO, A ONÇA, DESEJANDO QUE ELA NÃO PROLIFERE, NEM TRAGA AMIGOS (Amigos da Onça só os do Péricles de Andrade Maranhão, encontrados na Barraca 2 do Taranto e do José Augusto).


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