quinta-feira, 23 de outubro de 2008

DOIS PONTOS:

Hoje, dia de eleição, em segundo turno, do Prefeito do Rio de Janeiro, o Quiosque Arruda não funcionou. Seus administradores e empregados foram cumprir o dever cívico (não é direito, é dever).
A Feira, porém, estava a pleno vapor e foi muito bem freqüentada,
Assim, para que o evento não passe in albis neste Blog, dois pontos sobre ele serão aqui tratados.
1. O primeiro ponto consiste na escolha da vedete da Feira. Nossa equipe de reportagem esteve lá e, depois de muito garimpar, encontrou na barraca do BETINHO essas cédulas de TAUSEND KRONEN, ou 1000 krones, impressas com data de 2 de janeiro de 1902 . Segundo o site http://en.wikipedia.org/wiki/Austro-Hungarian_krone, o krone, também chamado korona, ou osztrák-magyar, era a moeda do império Austro-Húngaro durante o período de 1892 a 1918, quando, com a derrota na Primeira Guerra Mundial, o império foi dissolvido.
Pois é, como lembrava Clóvis Bornay (mais tarde parafraseado pelo Vaticano), ao intitular uma de suas inesquecíveis fantasias: Sic transit gloria mundi.
Nesse contexto, para lembrar crises econômicas internacionais anteriores, compramos essas notas que estão aí em baixo (clique sobre a foto para ver os detalhes).
São, no mínimo, muito decorativas e estão novinhas em folha.


2. O segundo ponto é uma informação que se impõe à indagação que ouvimos com razoável freqüência sobre quem teria sido o autor do desenho das barracas da Feira.

A pergunta é geralmente acompanhada de críticas, pois muitos as consideram antiestéticas.
Essas críticas, todavia, são feitas por quem não acompanha a evolução da arquitetura e desconhece o movimento pós-moderno DESCONSTRUTIVISTA, do qual são expoentes Daniel Libeskind e Frank Gehry, entre outros.

Veja, por exemplo, a semelhança entre os telhados das citadas barracas e o Imperial War Museum North, na Inglaterra, projetado pelo primeiro, e o Guggenheim de Bilbao, na Espanha, cujo projeto é de autoria do segundo.

Obs.: Se você tiver alguma dificuldade em distinguir, esclarecemos que a foto logo abaixo é das barracas da Feira, as seguintes são dos prédios dos museus acima citados.




Viu? Não podemos afirmar, mas tudo leva a crer que um dos dois arquitetos desenhou nossas barracas. Você concorda?

terça-feira, 21 de outubro de 2008

EM SE PLANTANDO TUDO DÁ, NÃO PLANTANDO TAMBÉM DÁ E, SE É PRA DAR, É MELHOR NEM PLANTAR.

Evocando Macunaíma, os agricultores têm alegado que muita saúva e pouca saúde, os males do Brasil são. Segundo eles, as dificuldades são tão grandes e os preços praticados no setor primário da economia tão baixos, que é melhor dar toda a produção e trabalhar noutra atividade.
Não sei se é bem assim, pois, como disse Pero Vaz de Caminha, nessa terra, em se plantando tudo dá.
Exemplo disso ocorreu comigo. Recentemente, o vizinho do andar de cima, saboreando um jabá com girimum que sua patroa havia preparado, encontrou uma semente e a cuspiu pela janela.
O projétil descreveu uma parábola no ar e caiu no vaso que mantenho perigosamente sobre o parapeito da janela do meu quitinete e, como essa chuva não para, ele germinou, resultando nisso, que você vê nas fotos abaixo. Aliás, se você não sabia que abóbora dá flor, vê se aprende (clique sobre elas para aumentar).



A notícia correu o mundo, chegando aos ouvidos do sheik Mohammed bin Rashid Al Maktoum, do Dubai, o qual, interessado em implantar essa novidade em sua terra, designou um dos seus 758 brimos, Habbib Babaganouch Malachea, para chefiar missão enviada ao Brasil, a fim de adquirir khow how sobre o legume a qualquer preço.

Recebi o príncipe Malachea no meu quitinete com todos os rapapés e salamaleques que a circunstância exigia.

Soube depois que Sual Alteza teria dito que desejava introduzir no Dubai aquela trepadeira que dava muito no Brasil, da família das Cucurbitaceae.

Na hora, todavia, como seu português era péssimo, interpretei incorretamente suas mal pronunciadas palavras e entreguei-lhe o endereço da boate Help, em Copacabana.

Ele foi, mas retornou indignado, brandindo a cimitarra e gritando que era fiel às suas 32 esposas (uma das quais o acompanhara ao Brasil - veja foto abaixo), tendo considerado minha atitude uma ofensa grave ao seu país.
O Itamaraty interveio e, depois de longa negociação, contornamos o entrave diplomático assinando um acordo pelo qual me comprometi pessoalmente a mandar para o sheik um tupperware cheio de doce de abóbora (num dos parágrafos daquele tratado internacional ele exigiu que constasse que eu iria encher o recipiente no capricho) que prepararei assim que o fruto for colhido (ainda está verde), acompanhado de um envelope com 15 de suas sementes, cuja plantação certamente deixará os turistas que freqüentam aquele centro cultural do planeta perplexos diante de tão exótico vegetal.

Ufa! Quem diria que um jabá com girimum mal feito poderia ter culminado num conflito bélico internacional?

domingo, 19 de outubro de 2008

TEM CHOVIDO QUASE TODOS OS DOMINGOS HÁ 3 MESES. LOGO, FEIRA QUE É BOM, NECAS DE PITIBIRIBA.

Questo infelice qui, todavia, jamais se desesperará. Afinal, como dizia o famoso publicitário argentino, criador da campanha do Viagra, "Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás."
Aproveitemos, pois, mais um dia de chuva para ficar em casa e ouvir boa música que, quando o assunto é chuva, inspira lamentos.
Em primeiro lugar lembrei, como visto, do SAMBA ITALIANO, composto pelo ADONIRAN BARBOSA há muitos anos, quando, segundo ele, choveu ininterruptamente por um mês em São Paulo. Não localizei gravação do autor no youtube, mas, numa homenagem à minha amiga Tânia Coutinho, que mora na Jamaica, reproduzo os primeiros versos cantados (os versos iniciais mesmo são apenas declamados), que dizem assim:
"Piove, piove,
Fa tempo que piove qua, Gigi,
E io, sempre io,
Sotto la tua finestra
E vuoi senza me sentire
Ridere, ridere, ridere
Di questo infelice qui"

Seguindo o tema, achei esta gravação da ELLA FITZGERALD cantando STORMY WEATHER, acompanhada por JOE PASS (Hannover - 1975).

No garimbo veio este filme de MIRIAN MAKEBA (fez sucesso no Brasil com PATA PATA) cantando CHOVE CHUVA, de JORGE BEN JOR (suspeito que o violonista ao fundo seja o SIVUCA, que a acompanhou por algum tempo no exterior).


A seguir, uma gravação mais recente de RHYTHM OF THE FALLING RAIN, do conjunto THE CASCADES, que no Brasil mereceu a versão igualmente inesquecível do DEMÉTRIUS.

Não encontrei uma apresentação completa de CHOVE LÁ FORA, do genial TITO MADI. Uso, então, essa homenagem que lhe foi feita com uma coleção de fotos e a gravação original ao fundo.

Nessa seleção não poderia faltar ME CHAMA. Fiquei entre um antigo clip do LOBÃO, o autor, e este filme da MARINA LIMA. Ambos gravaram a música magnificamente. A qualidade da filmagem do show da Marina não é boa, mas a escolhi porque ela é linda e o clip do Lobão não me pareceu dizer muito com a música.

Encerrando essa overdose, fazemos as pazes com a CHUVA trazendo B.J. THOMAS cantando RAIN DROPS KEEP FALLING ON MY HEAD, do sofisticadíssimo BURT BACHARACH e, a pedido do Murilo Rocha, o clássico SINGING IN THE RAIN, de Arthur Freed e Nacio Herb Brown, interpretado por GENE KELLY , seguido por QUE MARAVILHA, cantada por JORGE BEN JOR e TOQUINHO .



Fica assim registrado o lamento deste BLOG contra a chuva que vem nos castigando todos os domingos e a esperança de retorno breve do SOL,pelo que, cantam GEORGE HARINSON e PAUL SIMON , HERE COMES THE SUN, de autoria do primeiro.


quarta-feira, 15 de outubro de 2008

NOBLESSE OBLIGE

Estava eu posto em sossego quando uma amiga tão bonita quanto chic se aproximou com o seu exemplar da revista VOGUE do mês de outubro/2008, mostrando, nada mais, nada menos, do que uma reportagem sobre a EU AMO VINTAGE (rua Monte Alegre, 374 - casa 1, Santa Teresa, tel 2221 2855) que a administração deste Blog, por razões mais do que justificadas, AMA (veja, dentre outras, a postagem do dia 4 deste mês logo abaixo).
Aliás, se tudo correr bem, no próximo domingo elas estarão novamente conosco na Feira, agitando aquele point. Não perca.

By the way, se quiser ler a matéria da VOGUE, pressione o mouse 2 vezes sobre a foto da página abaixo para ampliá-la.

domingo, 12 de outubro de 2008

Afinal, quem freqüenta a Feira dos Antiquários da Gávea ?

Estava eu todo pimpão expondo à venda esta "toby" em cerâmica inglesa da manufatura Royal Doulton, representando Winston Churchill,





















quando Dr. Alberto Frederico da Rocha , habitual e querido freqüentador da nossa Feira, trouxe da sua coleção esse belo exemplar de "toby" igualmente inglesa e também representando aquele estadista, da manufatura Kevin Francis Ceramics, marcada e numerada na base com o nº 192, de uma edição limitada a 2500 peças fabricadas, raramente vista no mercado brasileiro.(clique sobre as fotos para ampliá-las).


Imediatamente o Comitê de Seleção de Vedetes deste Quiosque se reuniu a elegeu uma das vedetes da feira de hoje.














AS VEDETES DA FEIRA DE HOJE

A outra vedete foi esse vaso em cristal azul da manufatura KOSTA BODA com aproximadamente 40 cms de altura, assinado na base, exposto na barraca nº 8, do Carlos Browns (tel. 969 21097). LINDO



domingo, 5 de outubro de 2008

TEMPOS MODERNOS - Essa Crise na Economia Norte-Americana Não Está Me Cheirando Muito Bem.

Em agosto de 2007 imprimimos a placa abaixo e a usamos no nosso Quiosque.
No dia 27.01.2008, como as coisas não tinham melhorado muito pro lado do hemisfério norte, publicamos a placa e o texto sobre ela neste Blog.
AGORA A COISA PIOROU, POR ISSO, TROUXEMOS AQUELA POSTAGEM PARA O DIA DE HOJE E MANTEMOS NOSSA CONSULTORIA. DEPOIS NÃO DIGA QUE NÃO AVISAMOS.


"A imprensa noticia hoje (27/01/2008) que o Federal Reserve (FED), banco central norte-americano, reduziu, em reunião extraordinária, a taxa básica de juros.
Nós, do Quiosque Arruda & Montandon, sempre achamos que o fiel da balança na busca da solução para a crise do mercado hipotecário dos vizinhos do andar de cima são os juros.
A questão, porém, é controvertida. Alguns economistas pedem ao FED menos, outros pedem ao FED mais juros.
Se FED MAIS ou FED MENOS não importa. Fundamental é seguir a palavra de ordem que orienta o mundo das finanças no momento, qual seja: SALVE-SE QUEM PUDER !!!
De qualquer maneira, até que tudo passe, vamos dando a uma consultoriazinha aos clientes.
Siga o nosso bizu e proteja o seu patrimônio desse furacão. (clique sobre a imagem abaixo para ampliá-la)."

sábado, 4 de outubro de 2008

EU AMO VINTAGE E VINTAGE É NA R. MONTE ALEGRE, 374 - CASA 1 - SANTA TERESA (TEL. 2221 - 2855)

Sábado havia uma performance no local. Fui lá e dei carona ao Paulo Saint Martin, que estava com saudades das meninas. Ótimo programa.

Quem é "habituée" deste blog sabe a que estou me referindo.

Quem não é, digite na janela que se encontra no canto superior esquerdo desta página eu amo vintage, tecle sobre pesquisar blog para descobrir, em postagens anteriores (veja, por exemplo, 05.07.2008), que EU AMO VINTAGE, da Débora e à Flávia, é a loja de roupas mais charmosa do Rio de Janeiro (veja, também, http://www.euamovintage.com.br/, ou http://blog.euamovintage.com.br/).

Aliás, EU AMO VINTAGE, funciona numa bela casa (foto abaixo) num dos pontos mais badalados de Santa Teresa (endereço acima), e está se transformando também num centro cultural, pois ali têm se encontrado, para fazer compras e bater papo, atores e atrizes, músicos, artistas plásticos, estilistas, coiffeurs, designers, chefs de cuisine, antiquários, além de profissionais de todas as atividades interessados em moda, beleza, originalidade, criatividade, tradição e arte.


Como chegar ao local a partir do Largo do Guimarães. Se você não conhece bem Santa Teresa, anote o telefone acima e, se se perder, chame a Débora ou a Flávia que elas explicam.

(clique com o mouse sobre a foto para ampliá-la)