terça-feira, 27 de novembro de 2007

VAMOS FAZER UMA COLEÇÃO DE NOSTALGIAS


Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, após percuciente análise metafísica, identificaram dois tipos de nostalgia:

a) a boa nostalgia, que “... a gente lembra só por lembrar”, e

b) a nostalgia que “...faz roer e amarga qui nem jiló.”

Nesta postagem reuniremos apenas as da primeira catetoria.

Para isso convidamos os leitores deste Blog (se houver algum) a registrar nos COMENTÁRIOS as suas boas nostalgias, pois as traremos para o texto principal.

Dando exemplo, registramos 20 boas nostalgias que nos acompanham há muito tempo e acrescentaremos as suas ao final.

Complete a frase:

EU ...

1. Chorei assistindo “Marcelino Pão e Vinho” (Arruda).


2. Vibrava com as aventuras “Hopalong Cassidy”, adorava as "Sessões Tom e Jerry" nas matinês de domingo do Metro e na semana santa assistia "A Vida de Cristo" num cinema poeira (Arruda).
2.1. Nunca perdi o Festival Tom & Jerry, aos domingos de manhã, no Metro Tijuca. Depois, íamos ao "Cantinho Baiano" saborear o melhor galeto da zona norte (Chau, agora de Floripa)!


3. Não perdia “Jerônimo, o Herói do Sertão” e “O Anjo” no rádio, nem “Falcão Negro”, “Clube do Guri”, “Teatrinho Troll”, “Rin-tin-tin”, “Lassie”, “Disneylândia” e “A Boate do Ali-Babá” na televisão, sendo que até até hoje sou capaz de cantar o refrão do “Coral dos Bigodudos” (Arruda - Carlos Frascari também tem nostalgia do Jerônimo, veja seu comentário).


4. Vi “Garrafeiros” (sobre essa profissão, veja adiante a postagem do dia 09.03.2008), “Afiadores de Facas”, “Funileiros” e “Tocadores de Realejo” trabalhando nas ruas (Arruda).

5. Comprei leite em carrocinhas chamadas “Vacas Leiteiras” (Arruda).
6. Engoli “Emulsão de Scotch”, bebi “Hidrolitol”, tomei “Sustincau” no Largo de São Francisco e me embebedei com “Cuba-libre” no “Bar das Pombas” (Arruda).
6.1. Tomei Hidrolytol na Lapa - a cura certa para porres (Murilo).
7. Ouvia a “Rádio Tamoio” e só ia para a escola depois da “Música Ciclâmen” (Arruda).
8. Dancei ao som de “Rita Pavone”, “Trini Lopez”, “Jose Feliciano” e “Chris Montez” (Arruda).



9. Dei um “MUG” para a namorada (Arruda).
10. Usei “Alpargatas Roda”, “7 Vidas”, “Calça Lee” e camisa “Mamãe Dolores” (Arruda).
11. Andei de “Bonde” e só ia para a escola calçando sapatos “Vulcabraz”, com cabelo cortado à “Príncipe Danilo” (Arruda).
12. Usava gravata azul como parte do uniforme do “Colégio Pedro II” e ainda sei cantar a “Tabuada” (Arruda).
12.1. Não só ainda sei a "tabuada" do CPII, como o hino do Colégio, o Canto do Paje (com ê ê ê no final) e todas as outras que tinhamos que cantar no "Fogo Simbólico". A gravatinha azul não e do meu tempo, em compensação, meu 1º uniforme de ed. fisica (colant azul claro com uma micro saia e um bamba branco) é inesquecivel (Luciana).

13. Ri bastante com “Colé e Silva Filho”, “Ronald Golias” e “Walter D’Ávila” (Arruda).

14. Dei o “Trio Maravilhoso Regina” de presente para a minha avó (Arruda).
15. Jantava à luz de “Lampião Aladim” durante o racionamento de energia nos anos 60 (Arruda).
16. Tomei banho com os sabonetes “Eucalol” e “Cinta Azul”, que distribuía brindes como uma réplica da bengala do Bat Masterson (Arruda).


17. Usava “Atiradeira”, joguei “Bola de Gude” na rua e sinuca no “Lamas” e no "Palheta"(Arruda).
18. Exalei “Lancaster” e preparava o meu próprio “Gumex” com água morna (Arruda).
19. Freqüentei o “Pier de Ipanema” (Arruda).
20. Babava com Wanda Moreno, Annik Malvil,Esmeralda Barros, Zelia Martins, Iris Bruzzi ... (Arruda).
21. Frequentei muito os cinemas da Praça Saens Pena, onde comprava balas Kids Café antes do filme começar - nem os cinemas nem a bala existem mais (Eduardo).
22. Paquerei muito nos bailes animados por "Napoleão Tavares e seus Soldados Musicais "(Paulo Saint Martin, consultor deste Quiosque para assuntos ligados a pintura e escultura brasileiras no século XX).
23. Lembro dos bons momentos assistindo à vedete Virgínia Lane na TV Tupi, interpretando um coelhinho, usando um minúsculo biquini com um rabo enorme aplicado na minúscula peça (Anônimo- aposto que este anônimo é o Tio Paulo).


24. Tenho saudade grande dos tempos em que assistia "Lanceiros de Bengala" na televisão da vizinha, tomando o suco de "Groselha" que ela servia no intervalo (Anônimo - olha ele aí novamente).
25. Trago lembranças da normalista que, diariamente, chegava no bonde Malvino Reis das 13:30 horas, sempre sozinha... e que insistia em fingir que não me via na sacada do quinto andar do Prédio Dolomita, no meu querido Grajaú (Anônimo - Tio Paulo rides again).
26. Lembro da letra de "Faroeste Caboclo", da "radio Fluminense", de um show do "Tim Maia "no Circo Voador ao qual ele compareceu, das matinês no "Meio Ambiente "(no Alto da Boa Vista), de ir à praia de "233 "todos os dias das ferias e depois lanchar no "Bobs Drive", ou ir aos cinemas da Praca Saens Pena, dos encontros da "linha" no mesmo Bobs, de tomar sorvete com minha avó no "Palheta", e das conversas sobre zilhões de livros que meu avô me emprestava, quando eu mal sabia ler... (Luciana).

27. Lembrei da época em que as praias da "Reserva" e do "Recreio" não tinham calçadão nem paranóia de carros, assaltos e vendedores ambulantes barulhentos. E que levávamos pão e empada da padaria porque não tinha um quiosque sequer. Ah! E também não existia essa paranóia de filtro e bloqueador solar! (Monica).
28. Tomava chocolate quente na "Casa D'Ângelo" em Petrópolis no inverno, acompanhado da tradicional torrada petropolitana, que era uma fatia grossa de pão de forma na chapa com manteiga (Marcelo).
29. Adorava assistir "Shazan e Xerife" e sua incrível "Camicleta "(Basilio).

30. Colei figuras de animais na capa do vinil da "Arca de Noé", do Vinicius de Morais (Eduardo).
Olha a Bebel Gilberto cantando música daquele disco.

31. Tenho saudades do "Castelinho", o melhor bar que o Rio de Janeiro já teve, que freqüentei da inauguração ao dia do fechamento, quando o Fernando me presenteou com uma caneca da Casa, recentemente doada ao Arruda (Paulo Saint Martin).
Paulo Saint Martin, colhi no "Saudades do Rio" (link recomendado por este Blog) as duas fotos do Castelinho aí abaixo. A primeira é do tempo em que o prédio era uma casa de família, a segunda do tempo em que você freqüentava o local (logo, não era mais casa de família). A propósito, conhece esse broto que está amassando o Cadillac?
Sobre o Castelinho, veja também adiante a entrevista do dia 07.02.2008
32. Não posso esquecer da minha "Berlineta Interlagos" azul metálico, na qual vivi amores definitivos (Paulo Saint Martin).Caro Paulo, Berlineta azul não consegui. Vai essa vermelha mesmo.

33. Lembro do chope nas manhãs de domingo no "Bar Três Amigos", na rua Sampaio Ferraz, antes do almoço, na companhia do Ondinha, do Tião, do Peráles e o Alceu (Arruda).
34. Fiz "Cerol" para linha de cafifa moendo vidro de garrafa em linha de bonde. A fórmula era: vidro e cola de madeira, derretida em lata vazia de "cera Cristal "numa fogueirinha (Murilo).
35. Fiz muito "Balão Tangerina" de oito gomos em casa. A bucha era feita de tiras de saco de aniagem recheadas com sebo de boi e deixadas de molho, por dias, em querose. Botar breu dava aqueles pinguinhos bonitos quando o balão subia.Hoje é crime (Murilo).
36. Fui às boates de quinta-feira na Mangueira. Era para bater papo com e ouvir Cartola, Padeirinho, Jajá e outros bambas da escola, que cantavam suas músicas entre mestres de outras, como Monarco, Martinho. A apresentadora era Clara Nunes e, no fim, jantava-se com comida feita por d. Zica.Ah, o carro ficava estacionado na porta, ali mesmo, na Visconde de Niterói, e você podia esquecer a porta aberta, sem problemas (Murilo).
37 Joguei sinuca no Íris, ali mesmo ao lado (Murilo).
38. Enquanto esperava o bonde no Largo de S. Francisco, tomava chocolate agüado com bolo de milho (Murilo).
39. Brinquei Carnaval no bonde, indo da Penha até o dito Largo. Com "lança-perfume Rodouro ou Colombina" (que era de vidro e mais barata).(Murilo)
Murilo, no primeiro filme aparece o Tabuleiro da Baiana, cobertura sob a qual os bondes faziam ponto. Quem sabe você não estava lá naquele momento?


40. Disputei campeonato de Botão na varanda de casa, de ladrilhos vermelhos encerados (não existia mesinha). A taça era rolha de champanha revestida de papel laminado de cigarro (Murilo).- Sobre futebol de botão, ou de mesa, recomendamos visitar a Barraca 21 do Hamilton, na Feira dos Antiquários da Gávea - veja, também, o endereço http://quiosquearruda-montandon.blogspot.com/2007/10/capeonato-de-futebol-de-boto-com-os.html.
41. Usei camisas de "Ban-Lon" e, depois, a infame "Volta ao Mundo" (o primeiro suor era cecê na certa).(Murillo)
42. Vi "Corrida de Submarino" na calçada em frente ao "Barril 1800". Se não tinha carro, era na areia mesmo. E sem risco (Murilo).
43. Freqüentei as casas das ruas Frei Caneca e Riachuelo. E, quando sobrava dinheiro, dava uma passada na "Casa Rosa" da Rua Alice. (Murilo)
44. Andei de carro pela Av. Atlântica, antes do aterro da praia e passei a mão nas garotas que ficavam no meio da pista esperando para atravessar.(Murilo)
45. Desci ladeira em "carrinho de rolimã". Chupei "bala puxa-puxa " vendida no bonde ou a Juquinha, vendida no trem. Duro, passar pelo mata-burro para não pagar passagem de trem da Leopoldina.(Murilo)
46. Vi seriados como "Os perigos de Paulina", "Bomba " (uma espécie de Tarzan) e "Nyoka, a Rainha da Selva" no "Bafinho", um galpão transformado em cinema, com cadeiras de madeira, 90% delas quebradas. Vaiei e assobiei a cada interrupção do filme (eram uma dez por sessão). O ingresso custava o equivalente, hoje, a R$ 0,50 (Murilo).
47. Freqüentei os "hi-fi", bailes domésticos, todo sábado na casa de um amigo(a) diferente e dancei ao som de Ray Connif, Ray Anthony, Henry Jerome (Metais em Brasa), Don Costa, Waldyr Calmon (Feito para Dançar e Uma noite no Arpège - ambos com inúmeros volumes) e Ed Lincoln. Bebidas>: ponche (Argh!), Cuba Libre (dois Argh!!) ou Hi-Fi (três argh!!!). Os salgadinhos eram a popular "Sacanagem" (um palito com um pedacinho de queixo, outro de mortadela e uma lasquinha de azeitona) que ficava espetada num repolho grande (Murilo).

48. Tenho saudades da abertura dos Trapalhões abaixo (Eduardo).

Na oportunidade anexo o filme do genial Mussum contracenando com o comediante chamado Paulinho (se a memória não me falha), que o Eduardo encontrou no youtube e me enviou por fora deste Blog.

49. Sempre a Vida de Cristo na Semana Santa. Clube do Guri,Teatrinho Troll, Rin-tin-tin, Lassie ( lembra de um concurso em que escrevíamos para um sorteio de um filhote da Lassie?);Casa D'Angelo! Colombo, Cavé, nhá-benta e balas de chocolates toffe da kopenhagen , pirulito zorro , chocolate diamante negro , pipoca amanteigada de uma máquina, Chicletes Adams, conga colorida, vestidinho estampa mamãe Dolores, aqueles disquinhos de plastico que tocava (o calhambeque bi bi); rasta pé, piquenique, festinha americana; anéis carcará, perfume fleur de rochelle, perfume ma griffe (arre); calcinhas femininas com rendinha pregadas na trazeira inteira ( não era rendada); bonecas réplicas das misses; Eu achava o Nacional Kid o máximo! O Zorro também! O salgadinho sacanagem lembro c salsicha. Programas para lançarem as marchinhas de carnaval com grandes cantores e intérpretes. Calça boca de sino; Ahhhhh e os anúncios? Varig, a musiquinha passos dos elefantinhos; seriado Vigilantes Rodoviários; balas mentex, jujuba da Kibon, bala de tamarino; óculos gatinho; fotonovelas;ki suco;sardinha frita p acompanhar cerveja; revista O cruzeiro e Manchete; brozeador raito de sol;biscoito Aymoré e piraquê; Papai Noel nas ruas do centro do Rio( eu chorava!), sabonete Palmolive, myrurgia; biotonico Fontoura; Coca cola, carro conversível cadilac, gordine, dolfine; bobs enormes nos cabelos femininos c um lenço por cima..que horror! O secador de cabelos era um monstro enorme e barulhento; Revistinha do Fantasma! Figurinhas que trocávamos. Cartela com bonecas de papel c roupinhas e adereços para recortarmos. Palhaço Carequinha! (coleção de nostalgias da Neide Aparecida (sem perucas canecalon?), vizinha do sensível blog http://sentimentos-sam.blogspot.com)
Observações
obs.1 - E eu ainda insisti com meus pais para que me permitissem concorrer a um filhote da Lassie, enviando um envelope do creme dental Kollinos com meu nome etc. (Arruda)

Obs. 2 - Eis o Vigilante Rodoviário e a própria Neide Aparecida num comercial da Tonelux




50. Tenho saudades do tempo em que a televisão tinha de fato algo a contribuir para a formação artística e cultural do povo brasileiro, como comprovam os exemplos abaixo. (Arruda)



50. Adorava ir aos bailes no Botafogo Futebol e Regatas no Mourisco, dancei muito ao som da música MY SWEET LORD, hoje lá funciona a sede da Vivo, quanta saudade, tempos bons. (Mirian Neto)

51. Não perdia uma edição dos livros de bolso da série "Gisele, a espiã nua que abalou Paris" que, segundo soube recentemente, era escrito por David Nasser e cujas capas, suponho, eram desenhadas pelo José Luís Benício da Fonseca. (Arruda)

domingo, 25 de novembro de 2007

Afinal, quem freqüenta a Feira dos Antiquários da Gávea ?

Ora, ora ! Gente como Newton Cunha (na foto ao lado da Soninha, da Barraca 5) que, com inteligência e elegância, mantém a "QUIMERA ANTIGUIDADES" no Shopping Cassino Atlântico, em Copacabana (Av. Atlântica, 4240, loja 106 - térreo - Tel. (21) 2247-4643 267-8246), loja da qual a Cidade do Rio de Janeiro pode e deve se orgulhar, pois seu acervo é digno de figurar em diversos catálogos da Sothebys ou da Christie's. Aliás, para quem se interessa por antiguidades, vir ao Rio e não visitar a Quimera é como ir a Roma e não ver o Papa.

As Vedetes da Feira de Hoje (25/11/2007)

Hoje foram eleitas como "As vedetes da Feira" este par de floreiras em porcelana fosca policromada, encontrada na Barraca 10, do Mauro, e uma bandeja de asas de borboleta antiga e rara, tendo por motivo 5 pin-ups, que estava na Barraca 9. Clique sobre as fotos e as amplie.






Afinal, quem freqüenta a Feira dos Antiquários da Gávea ?

Gente bonita, ou melhor, gente muito bonita como a família Fiuza.



Um Sorriso que Vale o Domingo

Aos que perguntam o que me faz acordar cedo aos domingos e ir à Ágora Santos Dumont expor na Feira dos Antiquários eu respondo:
- Onde mais neste País as pessoas ainda sorriem assim para você ?

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Afinal, quem freqüenta a Feira dos Antiquários da Gávea?


Gente da espécie do cineasta Tiago Morena (http://www.sambacine.com.br/) que não se liga em "know how", embora o possua, mas esbanja "savoir-faire" e vestiu a camisa deste Blog sem tergiversar.

domingo, 18 de novembro de 2007

A Vedete da Feira de Hoje

Bela peça em bronze patinado, aproximadamente 15 cms de altura, representando um sultão abraçando seu gato sobre um tapete (provavelmente voador). A roupa do sultão, todavia, é articulada e, abrindo-a, verifica-se no seu interior uma mulher a ele abraçada. Trata-se de um curioso e singular espécime de arte erótica, encontrado na barraca n. 62, da Eliana.



terça-feira, 13 de novembro de 2007

A Crítica Aclama Um Novo Artista


O diretor deste Blog não tem o menor talento para as artes.

Mas o mercado de obras de arte também não está valorizando muito quem o tem.

Essa constatação encorajou o indigitado diretor deste Blog a se lançar como pintor.

O quadro do seu debute está exposto acima. Intitula-se "Paint sobre Bits" e já mereceu boa acolhida da crítica, a exemplo do artigo transcrito abaixo, que deverá ser publicado brevemente em veículo de grande circulação nacional, mas cujo autor solicitou sigilo quanto ao seu nome até que a publicação ocorra. Leia o artigo:

"Em poucas palavas, vejo claramente no quadro "Paint sobre Bits" a carnalidade pictórica dos fluxos excêntricos que exacerbam um alento contemporâneo de exuberância sensorial incomum, mesclando o barroco, o rococó e o pós-moderno em ritmos visuais dinâmicos e edificantes de uma escultura criselefantina, permitindo prevalecer um estilo invulgar que busca a ordem precisa e invisível das manifestações concretistas com tensões perceptas e insondáveis.

Ademais, a similitude estrutural constrói uma sintaxe do espaço com a liberdade da policromia apofântica, desvendando a alienação do ideologizado, diante do qual, num sentimento de entropia do mundo, exsurge tonitruante um valor zero de informação que compõe o tudo e o nada, o infinito e o limitado, num arsenal de sensações ao mesmo tempo nulas, afirmativas e negativas, que traduzem a omissão comissiva do significado da questão que fervilha nos mais profundos escaninhos da alma humana, qual seja: "E daí?"

Trata-se, sem dúvida, de um passo audacioso, quiçá agressivo da recolocação do problema do ser pela refundação da ontologia que liberta o indivíduo da couraça muscalar do caráter, numa superposição retraída e condutora da lucidez paradoxal, onde a ética e a volúpia são pontos marcantes desse todo fragmentado, impulsionando o centro para o próprio meio, de onde nunca saiu, de forma gestual e energética, ao gosto neokantista, heideggeriano e, simultaneamente, kierkegaardiano.

Sem desdouro, a originalidade do trabalho não impede deseclipsar as influências européias de Hutschenreuther, Rosenthal, Volkstedter, Capo di Monti e Sarreguemines, que emergem subjacentes às formas impressas no veículo virtual, sem contar, por certo, a musicalidade de um "Napoleão Tavares e Seus Soldados Musicais" que o movimento das cores eleitas pelo artista sugerem.

Há muito não me emociono tanto diante de uma obra de arte.

Saudações efusivas ao novo artista."

domingo, 11 de novembro de 2007

Chorinhos e Chorões Fazem a Festa ao Som do Chapéu de Palha

A ventania de hoje pela manhã fez com que muitos expositores não comparecessem ou desistissem de montar suas barracas. Outros, apesar disso, resistiram e o Chorinho rolou solto com a apresentação do Grupo "Chapéu de Palha". Para quem não o conhece, veja e ouça uma "palhinha" enquanto a câmera nas mãos de quem não tem nada na cabeça, passeia rapidamente pela barraca do Pierre (que não resiste e canta ao final) e do Betinho, mostrando ainda o desenrolar de partidas de futebol de botões no Estádio do Hamilton. Hamilton, diga-se por oportuno, é o mais disciplinador dos treinadores. Time seu, quando recebe a ordem de concentrar, vai direto para uma velha caixa de charutos e nenhum deles até hoje saiu antes da hora da partida.

Um Curto Passeio pela Feira

Um périplo pela Barraca do Sidney, da Evelina e do Tio Paulo no dia 11/11/2007, tendo ao fundo o som do Grupo de Chorinho "Chapéu de Palha".

As Vedetes da Feira de Hoje.




O Quiosque Arruda & Montandon não funcionou hoje. Ordem da diretoria, pois o vento estava muito forte pela manhã e qualquer expositor com experiência sabe que pior do que a chuva é o vento, especialmente quando se trata de peças de cristal e porcelana.

Apesar disso, enviamos equipe de reportagem que selecionou inúmeras peças, das quais o conselho de administração do nosso Quiosque elegeu 3 como "As Vedetes da Feira do dia 11/11/2007". Aí em cima estão elas, sem ordem de preferência, cabendo-nos esclarecer que maiores informações quanto ao fabricante, material utilizado, ano de fabricação e preço devem ser obtidas junto aos próprios expositores, pois este Quiosque apenas fotografa as peças que mais lhe agradam sem nada indagar sobre elas.

A primeira, cremos, representa um Arlequim gordo em porcelana, que posou na Barraca 71, do Jorge Campelo.

A segunda estava na Barraca 35 do Paulo Galeão e do Zeca, que na semana passada já tinha trazido outra peça escolhida a "Vedete da Feira" (vide postagem do dia 04/11/2007). Desta vez foi uma jarra em cristal finamente gravado, com base e guarnição em prata contrastada, possivelmente alemã ou austríaca.

A terceira é uma bandeja Art Nouveau em cerâmica com estrutura e alças em pewter, provavelmente alemã, encontrada na Barraca 5 do Stenio e fotografada no momento exato em que ia ser exposta.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Otávio Mesquita e Rodrigo Leitão na Feira dos Antiquários da Gávea

Se você dormiu no ponto quando esta matéria foi ao ar em 2006, aproveite para vê-la agora.
Um show de cobertura, imagem e edição da equipe do programa "A Noite É Uma Criança" do Otávio Mesquita, comandada pelo Rodrigo Leitão.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Visitas que nos encantam e honram


Nenhuma feira pode se intitular "de antigüidades" se a Celi não tiver interesse nela e nenhum domingo pode se chamar "Domingo" se ela não sorrir pra nós.

As Vedetes da Feira

O tempo foi impiedoso. Choveu pela manhã e ao fim da tarde.
Isso não impediu, porém, que a Feira funcionasse heroicamente e surgissem peças como estas, nas Barracas 7 (Clau e Felipe) 35 (Paulo Galeão e Zeca), que o nosso Quiosque elegeu as Vedetes da Feira.