quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

TOMÁS GUGLIELMINI VISITA A FEIRA, O NOSSO QUITINETE E NOS PRESENTEIA NO DIA DE REIS

Dia 04/01/2009, o renomado pintor uruguaio TOMÁS GLUGLIELMINI foi nos visitar na Feira. Em decorrência da chuva, não estávamos expondo. Anteontem, então (06/01/2009), ele foi ao nosso quitinete em Santa Teresa.
Chegou por volta das 8 da noite e, lembrando ser Dia de Reis, nos presenteou com uma de suas obras, celebrando a nossa antiga amizade.

Nascido em Colônia del Sacramento (cidade fundada no Uruguai pelos portugueses, no século XVII, cujo valor arquitetônico a levou a ser tombada como Patrimonio Histórico da Humanidade), TOMÁS recebeu as primeiras aulas de sua mãe, Ninanda, e de seu pai, Marcelo Gluglielmini, arquiteto de renome naquele País irmão.
No início de sua carreira, as influências de Carlos Páez Vilaró e de Joaquín Torres García foram notadas, assim como a de Jean-Michel Basquiat, da qual cedo se libertou.

Como lembra Paulo Saint Martin, consultor de arte do nosso Quiosque, TOMÁS é atualmente o pintor neo-construtivista abstrato de maior prestígio internacional.

A notícia da presença do Tomás no Brasil trazendo obras inéditas circulou rapidamente e diversos críticos vieram ao meu quitinete querendo conhecer o presente que me foi dado. Não podendo resistir a tanta pressão, mostrei-lhes.

(clique com o mouse sobre a imagem para ampliá-la)

Choveram, então, artigos elogiosos na imprensa e não faltaram comentários a respeito da solução estética genial encontrada por Tomás para desconstruir e reconstruir um automóvel nessa sua obra.

Acontece que Tomás, sempre irônico, especialmente com os críticos de arte, havia deliberadamente escrito sua dedicadória de cabeça para baixo, ou seja, não tinha desenhado automóvel algum, mas um rosto de homem.

Tomás esteve novamente no meu quitinete hoje (08/01/20090. Desta vez com Agustín, seu irmão mais novo. Rimos muito do profundo conhecimento de arte dos nossos críticos e, para comemorar a piada, ele me regalou com mais esse desenho.

A par do seu prestígio entre os que realmente conhecem e apreciam arte, as obras do Tomás têm atingido preços estratosféricos nos leilões de obras de arte, o que nos permite supor que estes presentes significam a nossa independência financeira.

Esquecendo, porém, esse aspecto financeiro menor. A noitada foi muito boa. Conversamos sobre tudo, política internacional, economia, arquitetura, pintura, música, dança, cinema, literatura, restaurantes, amores perdidos, amores encontrados e resolvemos sair para a farra.

Depois de cairmos na esbórnia, os dois, esgotados, desabaram.


Por fim, comenta-se que TOMÁS foi recentemente convidado a expor no MAM carioca, mas ainda não confirmou sua presença.
Não lhe perguntamos sobre o assunto. Todavia, depois do que aconteceu, em 1978, com dezenas das melhores obras de Joaquím Torres García naquele Museu, esperamos que ele não aceite.

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