Esse pequeno filme demonstra, pelo papo descontraído e até irreverente, a alegria que reinou durante o encontro, ao qual, como acontece habitualmente no terreno livre da Praça Santos Dumont, se integraram outros freqüentadores da Feira dotados do mesmo espírito.
Ficam aqui registrados os nossos votos de sucesso eterno para ambos, porque eles merecem e o Rio de Janeiro necessita, bem como o desejo de que voltem sempre para nos visitar.
P.S.1 - A diretoria do Quiosque Arruda esclarece indistintamente à nossa distinta clientela e aos igualmente distintos leitores deste blog que todos os filmados são obsessivos, empedernidos e intransigentes amantes da lei e da ordem pública urbana, suburmana e rural, não passando de um chiste qualquer referência feita outra feira que não seja a da rua do Lavradio e a da Gávea .
P.S.2 - No momento desta filmagem estavam confraternizando matogrossenses, gaúchos, mineiros, cariocas, e romanos e, sobretudo, a Pitty, famosa jornalista de São Paulo, aqui captada pela nossa câmera no momento em que ela nos captava com a sua câmera.
P.S.3 - Percebendo que alguns dos presentes nunca tinham se visto anteriormente, um indivíduo de naturalidade ignorada passou por nós e perguntou: Por que estão comemorando ? Tivemos, então, que esclarecer de forma pronta e sincera: POR QUE SIM, MEU CARO. PORQUE SIM !
2. A maquineta portuguesa abaixo, representando a aparição da Virgem de Fátima .
P.S. O título desta postagem é um verso da canção "Aos pés da cruz", de autoria de Marino Pinto e José Gonçalves, gravada originalmente em 1942 por Orlando Silva.
Nascido em Colônia del Sacramento (cidade fundada no Uruguai pelos portugueses, no século XVII, cujo valor arquitetônico a levou a ser tombada como Patrimonio Histórico da Humanidade), TOMÁS recebeu as primeiras aulas de sua mãe, Ninanda, e de seu pai, Marcelo Gluglielmini, arquiteto de renome naquele País irmão.
No início de sua carreira, as influências de Carlos Páez Vilaró e de Joaquín Torres García foram notadas, assim como a de Jean-Michel Basquiat, da qual cedo se libertou.
Como lembra Paulo Saint Martin, consultor de arte do nosso Quiosque, TOMÁS é atualmente o pintor neo-construtivista abstrato de maior prestígio internacional.
A notícia da presença do Tomás no Brasil trazendo obras inéditas circulou rapidamente e diversos críticos vieram ao meu quitinete querendo conhecer o presente que me foi dado. Não podendo resistir a tanta pressão, mostrei-lhes.
(clique com o mouse sobre a imagem para ampliá-la)
Choveram, então, artigos elogiosos na imprensa e não faltaram comentários a respeito da solução estética genial encontrada por Tomás para desconstruir e reconstruir um automóvel nessa sua obra.
Acontece que Tomás, sempre irônico, especialmente com os críticos de arte, havia deliberadamente escrito sua dedicadória de cabeça para baixo, ou seja, não tinha desenhado automóvel algum, mas um rosto de homem.
Tomás esteve novamente no meu quitinete hoje (08/01/20090. Desta vez com Agustín, seu irmão mais novo. Rimos muito do profundo conhecimento de arte dos nossos críticos e, para comemorar a piada, ele me regalou com mais esse desenho. 
A par do seu prestígio entre os que realmente conhecem e apreciam arte, as obras do Tomás têm atingido preços estratosféricos nos leilões de obras de arte, o que nos permite supor que estes presentes significam a nossa independência financeira.
Esquecendo, porém, esse aspecto financeiro menor. A noitada foi muito boa. Conversamos sobre tudo, política internacional, economia, arquitetura, pintura, música, dança, cinema, literatura, restaurantes, amores perdidos, amores encontrados e resolvemos sair para a farra.
Depois de cairmos na esbórnia, os dois, esgotados, desabaram.
Por fim, comenta-se que TOMÁS foi recentemente convidado a expor no MAM carioca, mas ainda não confirmou sua presença.
Não lhe perguntamos sobre o assunto. Todavia, depois do que aconteceu, em 1978, com dezenas das melhores obras de Joaquím Torres García naquele Museu, esperamos que ele não aceite.
A semana, então, era dele. Além de objeto de matéria jornalística, Tio Paulo também inaugurou a home-car com toilette a bordo que seu filho lhe deu de presente no Natal.
O clima, contudo, não foi simpático. Chuva e vento forte convenceram a maioria dos expositores a não comparecer.
Tio Paulo, entretanto, não se intimidou e armou sua barraca como pode.
Trouxe três amigas, convidou os amigos e lá também estiveram antigos e novos clientes que, atraídos pela novidade e pelo prazer de estar juntos, não se deixaram abater pelo tempo.
O primeiro a chegar foi o laureado fotógrafo Guy Veloso (não deixe de conhecer seu trabalho primoroso no site http://www.fotografiadocumental.com.br/), que aproveitou para garimpar fotos antigas.
Outros vieram aos poucos.
Tio Paulo, então, passou a montar sua junk shop ambulante com toda pompa e circunstância, expondo um jogo de croquet jardim, máquinas fotográficas e caixas de lápis de cor antigas, fazendo salada de Branca de Neve, misturando Vinícius de Morais, Odete Lara, Nara Leão e Topo Gigio etc..
A partir de então, agimos disfarçadamente, como se fôssemos sorridentes turistas franceses.
Certificando que não estávamos sendo seguidos, iniciamos a investigação, observando tudo com muita acuidade. Registramos, então, que a entrada tinha sido mudada da parte frontal direita do prédio para a parte frontal esquerda. Este fato não alterou substancialmente o espírito original do Hotel e a portaria ficou bastante simpática (ponto positivo).
Na varanda coberta do andar térreo, todavia, foi bloqueado o acesso direto ao quarto onde morou Lennie Dale, que deveria estar tombado pela Prefeitura (ponto negativo devidamente anotado, como se observa dos olhares de decepção e repreensão captados abaixo).
O estacionamento foi extinto. O terreno transformou-se num jardim gramado no qual foram incrustados dormentes formando caminhos sinuosos. As árvores estão preservadas (ponto positivo, as crianças iam adorar pisar na grama molhada e não mais na lama, como acontecia nos dias de chuva, evitando alto consumo de Polvilho Anti-séptico Granado).Todavia, a Dama da Noite, cujo perfume inebriante encantava os boêmios, os insones e as borboletas não está mais no jardim (falha grave).
Foi construída uma piscina suspensa com deque em madeira, num prolongamento do antigo terreno do estacionamento, elevando o ponto de vista dos que a freqüentam (ponto positivo).
No local da lavanderia agora funciona um bar, com vista para o Castelo Valentim, antiga morada do Camilo
(ponto positivíssimo, pois os bêbados que se aventuravam a passear pela lavanderia, ou as crianças que brincavam no local corriam o risco de cair, como ocorreu com estas mal traçadas letras, pois ali não havia muro nem grade de proteção).
A área da antiga piscina, agora sob a nova piscina, foi transformada em restaurante. 
Não encontramos pedaços de goiabada lançados pelos hóspedes no teto, como era praxe anteriormente (fica a sugestão para os novos arquitetos), nem o David estava circulando entre as mesas.
Para testar o restaurante, Gilson e Camilo convidaram Mônica e Carmen, suas respectivas esposas. Por incrível que pareça, a comida está muito melhor do que a servida pela administração anterior e o preço nos pareceu justo.
Encerrada a refeição, a comissão circulou pelas instalações e entrevistou empregados, a fim de avaliar o nível de treinamento recebido. Rapidamente constatou que Tarcísio, o antigo porteiro da noite (nenhuma semelhança com Dirk Bogarde, nem com o fílme de Liliana Cavani) continuava na ativa (ponto positivo, pois isso é uma garantia de que a qualidade dos serviços está sendo mantida, ou seja, Tarcísio é o elo achado).
Quando já ia concluindo seu trabalho, Arruda encontrou Dr. Rosman, seu grande amigo, que chegava para almoçar. Não havia mais dúvida. Tudo tinha melhorado no HST, sobretudo o nível dos freqüentadores.
Os membros da comissão secreta, porém, não votariam o relatório sem antes ouvir as esposas presentes, que aprovaram a reforma e a comida. Diante disso, sem registro de dissidência, posaram todos satisfeitos e bem alimentados para estas fotografias (desta feita não mais como falsos turistas franceses, mas como sorridentes moradores da Cidade do Rio de Janeiro), convictos de que o Wilmar Castilho, se estivesse entre nós, também aprovaria o novo HST, mas, naquele dia quente, teria tomado um chardonnay (ou beaunois, como preferem alguns) de Chablis ou do Chile, em vez da cerveja Teresópolis que pedimos.
P.S.1- Esperamos que da próxima lá estejam Chinezinho, Juan, Edna, Comandante Rui, Hélvio, Luizinho, Saulo, Dominguinhos, Perissé, Sônia, Luiza, David e muitos outros e que a nova administração nos convide para organizar a 2ª edição da "Noite do Caribe", que seguramente será muito melhor e mais divertida do que o Rock in Rio II.
P.S.2 - Para os mais jovens, que não sabem quem foi Lennie Dale (Leonardo La Ponzina) sugerimos perguntar ao Chinezinho, maior autoridade mundial no assunto, ou pesquisar no Google, inclusive no endereço http://pt.wikipedia.org/wiki/Lennie_Dale.
P.S.3 - Como é possível comemorar 50 anos de Bossa Nova sem lembrar Lennie Dale?
P.S.4 - Se o Wilmar pedisse um chardonnay francês ou chileno, eu certamente o contrariaria, afirmando que o da Aurora é tão bom quanto eles e o nosso querido amigo, sempre generoso, gentil e nacionalista talvez aceitasse a troca (não sei se há chardonnay da Aurora na carta do restaurante).
P.S.5 - Não pergunte ao Camilo a razão pela qual ele usa bengala. Ele pode dar a mesma resposta que deu o Plínio Marcos a um jornalista que lhe perguntou para que servia o bastão que ele sempre carregava consigo.
Do que, para constar e produzir os regulares efeitos, lavramos esta postagem.
P.S. do P.S. Depois dessa postagem, isto é, no dia 09/01/2009, a coluna do Ancelmo Gois (escreve-se assim mesmo, de acordo com a nova hortografia), no jornal O Globo, noticiou que Sheila Carvalho estara posando nua no Hotel Santa Teresa. Vamos ver qual blog ou site será mais visitado: o nosso ou aquele que publicar tais fotos.
