domingo, 17 de fevereiro de 2008

Paulo José e Miele Encantaram a Feira no Domingo.

Das diversas presenças encantadoras, bonitas e talentosas que visitaram hoje a Feira, as de dois gênios foram registradas.
O primeiro foi PAULO JOSÉ. Gaucho de Lavras, estreou no cinema nacional em 1965, ao lado de Helena Ignez ("O Padre e a Moça"). Eu tinha 13 anos, não pude assistir. Restava-me sonhar com a beleza da Helena.
No ano seguinte "Todas as Mulheres do Mundo", com a solar Leila Diniz. Ganhou o Candango de melhor ator e definiu um standard de representação (não gosto de comparações, mas considero o Paulo tão importante para o cinema brasileiro quanto o Mastroianni para o italiano) e comportamento social (todo jovem queria caminhar, falar e gesticular como ele). Em 1967 "Edu Coração de Ouro" lhe rendeu mais premiação. Em 1968 os diretores e produtores só lembravam dele. Para ser breve, porque isso é apenas um blog, "Como vai, vai bem?" e "O Homem Nú" foram deliciosos (assisti ambos no extinto cinema Madri). Aí veio "Macunaíma", outro marco no cinema brasileiro que merece ser visto e revisto, porque é um filme permanente.
Sucesso e prestígio são duas constantes numa carreira intensa, coerente, sem concessões e que sempre encontra espaço para renovação. Ano passado a Montandon me recomendou "Saneamento Básico". Excelente.
O sucesso do Paulo no teatro e na televisão dispensa comentários. Enfim, como ator e diretor, no cinema, no teatro e na TV, na comédia, no drama e na tragédia, os públicos adulto e infantil (veja postagem do dia 27.11.2007 - nostalgia 29, do Basílio) têm sido muito felizes ao lado dele.
Além disso, quando visita a Feira é sempre uma alegria, porque o Paulo ainda se dá ao luxo de ser extremamente simpático e cativante.
Enfim, se a máxima rodriguiana de que "toda unanimidade é burra" tem fundamento, o Paulo José é exceção que a confirma.

Veja a antológica cena de abertura de Macunaíma, com Paulo José travestido de mãe do "Herói da Nossa Gente".

A segunda exceção à regra de que "toda unanimidade é burra" é o não menos genial Luiz Carlos MIELE. Chegou na Feira logo depois do Paulo José e também permitiu gentilmente uma foto para este blog, sem que nos sentíssemos como um paparazzo (só tiramos fotos com autorização, pois temos muita preocupação em não tolher a liberdade, nem invadir a privacidade de ninguém).
Diretor, produtor, ator, cantor, humorista, "one man show", empresário, roterista, bailarino etc. etc. etc. (quer saber mais, veja uma síntese no endereço http://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_Carlos_Miele), Miele, que não é Rei Momo, mas é primeiro e único, ainda publicou recentemente algumas de suas memórias sob o título Poeira de Estrelas: Histórias de Boemias, Humor e Músicas , que você não pode deixar de ler e certamente agradará muito se der de presente aos amigos.
Impossível não ser fã do Miele.

Capa do livro Poeira de Estrelas: Histórias de Boemias, Humor e Músicas, de leitura indispensável.

Para encerrar, em homenagem ao Miele, foto do Monsieur Pujol, Le Pétomane, que inspirou o nome de uma das melhores casas noturnas de todos os tempos dessa cidade, comandada pela dupla Miele & Boscoli, em sociedade com o Alberico.



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