domingo, 24 de fevereiro de 2008

Estar Chovendo É um Bom Pretexto para Ouvir Música.

A alternativa, então, foi ouvir música.
Começamos convocando Paulo Moura para homenagear os amigos Hasenclever, Wilmar Castilho, Juan e Camillo Russo, românticos incuráveis que, juntamente com o diretor-presidente deste Blog, não faltavam às domingueiras do Parque Lage, nos anos de 1985/1986, e juravam amor eterno à parceira com quem estivessem dançando sempre que, no comando de sua banda de gafieira, ele interpretava "Ternura". Paulo Moura era, é e será por muito tempo programa obrigatório onde quer que se apresente. CLIQUE SOBRE A IMAGEM, CHAME ALGUÉM PARA DANÇAR E APAIXONE-SE TAMBÉM DEFINITIVAMENTE.


A seguir, um momento mágico: a incomparável Leny Andrade (vencedora do Grammy 2007 juntamente com Cesar Camargo Mariano) acompanhada por Durval Ferreira (lamentavelmente falecido ano passado)cantando "Batida Diferente", composição do Durval e do Maurício Einhorn:

Como uma coisa puxa a outra, veja e ouça o próprio Maurício Einhorn interpretando São Conrado, de sua autoria:

Terminamos este recital com Henri Salvador cantando "Dans mon île", que o Ronaldo Brasil prometeu cantar na Praça Santos Dumont no dia 06.01.2008 (vide a postagem daquele dia abaixo), mas não o fez. Uma pena, porque logo depois (13.02.2008) Henri faleceu. Espero que não tenha sido por decepção com o Ronaldo, que fica devendo essa homenagem àquele magnífico cantor/compositor, agora póstuma.

Reminescências Chuvosas.

Dias chuvosos são bons para ouvir música e deixar que as reminescências guardadas no fundo do baú aflorem.
Desta vez o pensamento regrediu para os idos de 1968 ou 1969. Lembrei-me do Pedro Arídio e do Antônio José trazendo para a sala de aula do Colégio Pedro II a última edição da revista Diners. Nela Marina Colasanti advertia as moçoilas resistentes de então de que virgindade dava câncer, especialmente no verão.
Dizia Marina, pelo menos assim registra minha memória , que sua afirmativa não estava calcada em opinião científica empiricamente comprovada, mas resultava do fato de estarmos no verão, não havendo motivo para perder tempo e retardar a eliminação definitiva daquela ameaça letal (até porque, a pílula tinha sido recentemente descoberta, o que afastava os efeitos colaterais da terapia sugerida).
A partir daí, a autora concitava as leitoras a pôr na vitrola o disco de Jose Feliciano cantando "Light my Fire" etc. etc. etc..
Fui ao google procurar algo sobre o artigo e nada encontrei. Terá sido fantasia minha ? Será que a Marina Colasanti nunca escreveu essa crônica? Terei surtado?
Pesquisei, então, por Pedro Arídio e constatei. Este não é produto da minha imaginação. Ele existiu e existe. É diretor da Acadêmicos da Rocinha, conforme consta do endereço www.obatuque.com/rocinha/20080120_academicos_da_rocinha_barracao.htm.
Deveras, isso não é surpresa. Afinal, foi o Pedro, com sua indefectível máquina fotográfica Kodak xereta e um par de flashes magicube, o autor da melhor cobertura jornalística de todos os tempos sobre as Escolas de Samba, quando adentrou na avenida com o seu crachá do "Mundo Português" (é bem verdade que essa matéria nunca foi publicada, mas garanto que foi insuperável). Era com o Pedro que eu freqüentava, nas madrugadas de sábado, a Associação das Escolas de Samba, sediada num sobrado quase na esquina com a rua Joaquim Palhares, e ali ouvíamos, até o sol raiar,tomando cerveja e comendo amendoim ou ovo cozido, Bala, Geraldo Babão, Noel Rosa de Oliveira, Martinho da Vila e tantos outros.
Era com ele, na sua Kombi batizada de "Feto Escarlate", que eu ia à Praia nas dunas de Ipanema e encerrávamos a tarde tomando batida no Bar Vinte, ouvindo numa vitrola portátil o último disco do Paulinho da Viola e qualquer um do Nelson Cavaquinho.
Pedro agora é diretor de carnaval da Rocinha ? Eis o Pedro certo no lugar certo.
ABAIXO vocês encontram Pedro Arídio e Jose Feliciano (para quem não conhece nenhum dos dois, Pedro é o último à direita na foto abaixo, vestindo camisa vermelha e Jose Feliciano o cantor de óculos escuros).


A seguir, Paulinho da Viola, acompanhado (da esquerda para a direita) por Nelson Sargento, Jair do Cavaquinho, Elton Medeiros e Anescar do Salgueiro.
Por fim, Nelson Cavaquinho em dois momentos primorosos.



Está prestada a homenagem ao Pedro.

No Mês de Fevereiro a Feira Completa 11 Anos de Existência. Tem Vindo Gente de Longe Visitá-la.


domingo, 17 de fevereiro de 2008

Paulo José e Miele Encantaram a Feira no Domingo.

Das diversas presenças encantadoras, bonitas e talentosas que visitaram hoje a Feira, as de dois gênios foram registradas.
O primeiro foi PAULO JOSÉ. Gaucho de Lavras, estreou no cinema nacional em 1965, ao lado de Helena Ignez ("O Padre e a Moça"). Eu tinha 13 anos, não pude assistir. Restava-me sonhar com a beleza da Helena.
No ano seguinte "Todas as Mulheres do Mundo", com a solar Leila Diniz. Ganhou o Candango de melhor ator e definiu um standard de representação (não gosto de comparações, mas considero o Paulo tão importante para o cinema brasileiro quanto o Mastroianni para o italiano) e comportamento social (todo jovem queria caminhar, falar e gesticular como ele). Em 1967 "Edu Coração de Ouro" lhe rendeu mais premiação. Em 1968 os diretores e produtores só lembravam dele. Para ser breve, porque isso é apenas um blog, "Como vai, vai bem?" e "O Homem Nú" foram deliciosos (assisti ambos no extinto cinema Madri). Aí veio "Macunaíma", outro marco no cinema brasileiro que merece ser visto e revisto, porque é um filme permanente.
Sucesso e prestígio são duas constantes numa carreira intensa, coerente, sem concessões e que sempre encontra espaço para renovação. Ano passado a Montandon me recomendou "Saneamento Básico". Excelente.
O sucesso do Paulo no teatro e na televisão dispensa comentários. Enfim, como ator e diretor, no cinema, no teatro e na TV, na comédia, no drama e na tragédia, os públicos adulto e infantil (veja postagem do dia 27.11.2007 - nostalgia 29, do Basílio) têm sido muito felizes ao lado dele.
Além disso, quando visita a Feira é sempre uma alegria, porque o Paulo ainda se dá ao luxo de ser extremamente simpático e cativante.
Enfim, se a máxima rodriguiana de que "toda unanimidade é burra" tem fundamento, o Paulo José é exceção que a confirma.

Veja a antológica cena de abertura de Macunaíma, com Paulo José travestido de mãe do "Herói da Nossa Gente".

A segunda exceção à regra de que "toda unanimidade é burra" é o não menos genial Luiz Carlos MIELE. Chegou na Feira logo depois do Paulo José e também permitiu gentilmente uma foto para este blog, sem que nos sentíssemos como um paparazzo (só tiramos fotos com autorização, pois temos muita preocupação em não tolher a liberdade, nem invadir a privacidade de ninguém).
Diretor, produtor, ator, cantor, humorista, "one man show", empresário, roterista, bailarino etc. etc. etc. (quer saber mais, veja uma síntese no endereço http://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_Carlos_Miele), Miele, que não é Rei Momo, mas é primeiro e único, ainda publicou recentemente algumas de suas memórias sob o título Poeira de Estrelas: Histórias de Boemias, Humor e Músicas , que você não pode deixar de ler e certamente agradará muito se der de presente aos amigos.
Impossível não ser fã do Miele.

Capa do livro Poeira de Estrelas: Histórias de Boemias, Humor e Músicas, de leitura indispensável.

Para encerrar, em homenagem ao Miele, foto do Monsieur Pujol, Le Pétomane, que inspirou o nome de uma das melhores casas noturnas de todos os tempos dessa cidade, comandada pela dupla Miele & Boscoli, em sociedade com o Alberico.



Expositores da Feira - Cesar Fernandes - Colecionismo

A barraca nº 8, do Cesar Fernandes (tel 8142 6687 ksarcola@hotmail.com), é uma das mais atraentes da Feira, pelos seus painéis luminosos e peças coloridas.
Especializado em objetos com marcas de refrigerantes e cervejas, bem como em páginas originais da revista "Seleções" contendo publicidade, a barraca atrai muitos adultos e crianças .
Você quer decorar o bar da sua casa? Também coleciona objetos da espécie? Nenhuma coisa nem outra, mas é uma pessoa curiosa e interessada em objetos curiosos, assista a essa entrevista. CLIQUE NA IMAGEM ABAIXO.

A História Não Oficial do Famoso Bar Nobre Castelinho, ou Apenas Castelinho.

Tarde do dia 17.02.2008. Paulo Saint Martin, Ronaldo Brasil e Mauro reunidos no "back yard" deste Quiosque (barraca 9) para jogar conversa fora e surgiu o tema Castelinho, o melhor bar do Rio de Janeiro. Você, minha jovem ou meu jovem, que fica feliz tomando aquele chope sem colarinho nas redes de bares padronizados que se espalham pela Cidade, não tem a menor idéia do que era aquela casa.
Resolvi, então, transformar o bate-papo em entrevista, solicitando aos lascivos entrevistados que evitassem os comentários sórdidos de praxe, sobre as eventuais esticadas no apartamento do Guerreiro, ou as manifestações de amor nas madrugadas, na Praça General Osório, pois todos sabemos que a pílula tinha acabado de ser inventada e o momento histórico exigia varrer da face da terra décadas de repressão vitoriana (no que as moças de então, segundo me confidenciaram aqueles historiadores, foram muito eficientes).
Se você nada sabe sobre o Castelinho, está na hora de saber, se libertando dessa ignorância sobre o Rio de Janeiro.

Aproveito e copio aqui as fotos que você também encontra no dia 27.11.2007, no assunto "ADICIONE AQUI A SUA NOSTALGIA" (veja índice ao lado), lembrando que aquela postagem está sempre aberta e nunca será demais acrescentar mais uma nostalgia aos seus comentários.


No http://ludaol.multiply.com/photos/album/135/Castelinho#3.jpg eu encontrei o texto e a foto abaixo, confirmando os depoimentos colhidos neste Blog:
"Em 1964, na Av. Vieira Souto 100-102, surgiu o Bar Castelinho, criado pelo advogado Fortunato Azulay e pelo pianista Sacha Rubin. Nesta foto, de 1965, vê-se o bar com suas mesas na calçada. Era frequentado por mulheres belíssimas, na época áurea de Ipanema. Uma placa afixada num poste em frente ao bar dizia: "Cuidado, bêbados"! Este bar resistiu até 1980. Outro local famoso neste trecho foi o "Mau Cheiro", um boteco na esquina da Av. Vieira Souto com Rua Rainha Elizabeth, que sucessivas reformas desfiguraram até se transformar no Barril 1800. Veja também informações sobre esta área em http://www.fotolog.net/tumminelli/?photo_id=7810556"

A Vedete da Feira de Hoje

A vedete da Feira de hoje foi essa estatueta encontrada na Barraca 69, do Orestes, que, segundo o expositor, teria sido fabricada na Espanha, pela Lladró, nos primeiros anos de implantação da fábrica. Não conferimos a informação. Todavia, tomando-a como correta, trata-se de uma peça bastante incomum, pois os que conhecem Lladro, sabem que os produtos há anos possuem um estilo inconfundível e nada semelhante ao desssa estatueta.

Reação do Orestes quando soube que uma de suas peças estava sendo escolhida a Vedete da Feira.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Afinal, quem freqüenta a Feira dos Antiquários da Gávea ?

Quem faz o Rio ser a Cidade Maravilhosa.

Obs.Sinceramente, você já viu imagem mais bonita ?

Não Fique Triste, o Carnaval Não Acabou. Na Feira dos Antiquários da Gávea É Carnaval o Ano Inteiro.

Nosso Adido Carnavalesco na Cobal do Humaitá Trabalhando Duro.

Dia: 05.02.2008, segunda-feira de Carnaval. Local:COBAL do Humaitá. Horário:17:30 hs. Evento: O bloco saiu e, na volta, trouxe a dupla inseparável Professor Clérsio (Barraca 24) e Pedrinho, ambos na maior folia. Este Blog, que está atento a todas as notícias importantes da cidade, registrou.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

A Unidos da Tijuca Lavou a Alma dos Colecionadores.

O PAVÃO BRILHOU
O enredo da Unidos da Tijuca este ano foi "Vou juntando o que eu quiser, minha mania vale ouro. Sou Tijuca, trago a arte colecionando o meu tesouro"
Executado magnificamente, recebeu o Estandarte de Ouro, a aclamação do povo e o carinho especial dos antiquários e colecionadores.