Hoje, dia de eleição, em segundo turno, do Prefeito do Rio de Janeiro, o Quiosque Arruda não funcionou. Seus administradores e empregados foram cumprir o dever cívico (não é direito, é dever).
A Feira, porém, estava a pleno vapor e foi muito bem freqüentada,
Assim, para que o evento não passe in albis neste Blog, dois pontos sobre ele serão aqui tratados.
1. O primeiro ponto consiste na escolha da
vedete da Feira. Nossa equipe de reportagem esteve lá e, depois de muito garimpar, encontrou na barraca do
BETINHO essas cédulas de
TAUSEND KRONEN, ou
1000 krones, impressas com data de
2 de janeiro de 1902 . Segundo o site
http://en.wikipedia.org/wiki/Austro-Hungarian_krone, o
krone, também chamado
korona, ou
osztrák-magyar, era a moeda do
império Austro-Húngaro durante o período de
1892 a 1918, quando, com a derrota na Primeira Guerra Mundial, o império foi dissolvido.
Pois é, como lembrava Clóvis Bornay (mais tarde parafraseado pelo Vaticano), ao intitular uma de suas inesquecíveis fantasias: Sic transit gloria mundi.
Nesse contexto, para lembrar crises econômicas internacionais anteriores, compramos essas notas que estão aí em baixo (clique sobre a foto para ver os detalhes).
São, no mínimo, muito decorativas e estão novinhas em folha.
2. O segundo ponto é uma informação que se impõe à indagação que ouvimos com razoável freqüência sobre quem teria sido o autor do desenho das barracas da Feira.
A pergunta é geralmente acompanhada de críticas, pois muitos as consideram antiestéticas.
Essas críticas, todavia, são feitas por quem não acompanha a evolução da arquitetura e desconhece o movimento pós-moderno DESCONSTRUTIVISTA, do qual são expoentes Daniel Libeskind e Frank Gehry, entre outros.
Veja, por exemplo, a semelhança entre os telhados das citadas barracas e o Imperial War Museum North, na Inglaterra, projetado pelo primeiro, e o Guggenheim de Bilbao, na Espanha, cujo projeto é de autoria do segundo.
Obs.: Se você tiver alguma dificuldade em distinguir, esclarecemos que a foto logo abaixo é das barracas da Feira, as seguintes são dos prédios dos museus acima citados.
Viu? Não podemos afirmar, mas tudo leva a crer que um dos dois arquitetos desenhou nossas barracas. Você concorda?