domingo, 28 de setembro de 2008

O CÚMULO DA COINCIDÊNCIA, OU, LIQUIDAÇÃO DE FIM DE ESTAÇÃO DÁ NISSO.

Para quem não sabe, Madras é o antigo nome de Chennai, capital do estado de Chamil Nadu, quarta maior cidade da Índia, centro industrial, comercial e portuário na Baía de Bengada, fundada com o nome de Fort St. George, onde se instalou a sede da Companhia Inglesa das Índias Orientais.
A palavra madras tem origem na palavra árabe madrasa, que significa tecido de algodão com fios multicoloridos formando quadrados e retângulos de várias proporções, que se sobrepõem em harmonia.
No Canadá quem usa madras é lenhador.
O kilt escocês (saia com pregas e trespasse à frente) é feito com tecido de madras.
No Brasil os tecidos de madras servem para confeccionar fantasias de caipira utilizadas nas festas juninas e julinas. Findo o inverno as roupas de madras entram em liquidação e são vendidas a preços muito módicos.
Feita essa introdução inútil, vê-se que, depois do insucesso do coral que se reuniu na última sexta-feira no meu quitinete para cantar Chove Chuva, três remanescentes daquele grupo (Dr. Manuel, Taranto e Arruda) resolveram formar um trio caipira (ou sertanejo, como se diz nos dias de hoje) para estrear no domingo, dia 28/09/2008.
Dando, porém, um tom de erudição, Dr. Manuel fez a abertura do show assobiando o Moto Perpétuo de Nicolo Paganini (foto abaixo).
Aplaudidíssimo, passou a exibir seu talento de assobiador num novo solo, interpretando dessa vez El Condor Pasa, da autoria dos compositores peruanos Daniel Alomía Robles e Julio de La Paz, o que desagradou os outros integrantes do trio, pois esse número não tinha sido ensaiado.
São Pedro, ao que tudo indica, também não gostou muito e fez chover.
Tivemos que recolher as mercadorias e encerrar definitivamente nossa carreira musical, indo embora pra casa mais cedo .
Nosso assobiador, todavia, foi contratado pelo DNOCS e está se preparando para assobiar Hey Jude, de Lennon e MacCartney , no Crato.

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