terça-feira, 13 de novembro de 2007

A Crítica Aclama Um Novo Artista


O diretor deste Blog não tem o menor talento para as artes.

Mas o mercado de obras de arte também não está valorizando muito quem o tem.

Essa constatação encorajou o indigitado diretor deste Blog a se lançar como pintor.

O quadro do seu debute está exposto acima. Intitula-se "Paint sobre Bits" e já mereceu boa acolhida da crítica, a exemplo do artigo transcrito abaixo, que deverá ser publicado brevemente em veículo de grande circulação nacional, mas cujo autor solicitou sigilo quanto ao seu nome até que a publicação ocorra. Leia o artigo:

"Em poucas palavas, vejo claramente no quadro "Paint sobre Bits" a carnalidade pictórica dos fluxos excêntricos que exacerbam um alento contemporâneo de exuberância sensorial incomum, mesclando o barroco, o rococó e o pós-moderno em ritmos visuais dinâmicos e edificantes de uma escultura criselefantina, permitindo prevalecer um estilo invulgar que busca a ordem precisa e invisível das manifestações concretistas com tensões perceptas e insondáveis.

Ademais, a similitude estrutural constrói uma sintaxe do espaço com a liberdade da policromia apofântica, desvendando a alienação do ideologizado, diante do qual, num sentimento de entropia do mundo, exsurge tonitruante um valor zero de informação que compõe o tudo e o nada, o infinito e o limitado, num arsenal de sensações ao mesmo tempo nulas, afirmativas e negativas, que traduzem a omissão comissiva do significado da questão que fervilha nos mais profundos escaninhos da alma humana, qual seja: "E daí?"

Trata-se, sem dúvida, de um passo audacioso, quiçá agressivo da recolocação do problema do ser pela refundação da ontologia que liberta o indivíduo da couraça muscalar do caráter, numa superposição retraída e condutora da lucidez paradoxal, onde a ética e a volúpia são pontos marcantes desse todo fragmentado, impulsionando o centro para o próprio meio, de onde nunca saiu, de forma gestual e energética, ao gosto neokantista, heideggeriano e, simultaneamente, kierkegaardiano.

Sem desdouro, a originalidade do trabalho não impede deseclipsar as influências européias de Hutschenreuther, Rosenthal, Volkstedter, Capo di Monti e Sarreguemines, que emergem subjacentes às formas impressas no veículo virtual, sem contar, por certo, a musicalidade de um "Napoleão Tavares e Seus Soldados Musicais" que o movimento das cores eleitas pelo artista sugerem.

Há muito não me emociono tanto diante de uma obra de arte.

Saudações efusivas ao novo artista."

5 comentários:

Unknown disse...

Pra mim, é o melhor artista, depois do Eduardo Arruda, é claro....
Bjs

Anônimo disse...

Quero discordar do crítico que comentou a nova obra.
Verifico que se trata de um reinterpretação dinãmica do Cristo de Salvador Dali, redimensionado em um angulo de 233º e 21', com um reescalonamento das cores observando-se o princípio de Omar Kaian (conhecido como "Mahadi").
Poderia-se também ver o lado pontual dos Paradigmas de Celcius (o 3º e o 4º).
Em suma, mais uma obra contemporânea "sampler", mas nem porisso destituida de sentido.
Preferimos aguardar a ocorr~encia de outros trabalhos para uma melhor avaliação.

Carlos

Anônimo disse...

Gostei sim do primeiro trabalho do artista. E a arrumação das cores ficou bastante combinativa. Só entendi o quadro depois que li o artigo esclarecedor abaixo dele.

ARRUDA disse...

Esclarecimento da administração do Blog:
O artigo não é do artista, mas de renomado crítico de arte que solicitou não se revelasse seu nome até que o texto fosse publicado na imprensa escrita.

Anônimo disse...

O grande artista é o autor da crítica. É de rolar de rir.
Abraços.
Luis Felipe Bueno