As fotos abaixo estão em tamanho reduzido e, como as achamos lindas, sua autora nos autorizou a posta-las antes mesmo que ela as tratasse. Para ampliá-las, pressione o botão esquerdo do mouse sobre a foto escolhida.
P.S. Não são da nossa correspondente de guerra as fotos em que ela foi o alvo - veja se descobre quais foram)
Como todos sabem, a
Feira dos Antiquários da Gávea está cosmicamente posicionada como o
umbigo do universo. Isso não significa que não nos interessemos pelo que existe ao redor, especialmente neste planeta. Por esse motivo, atribuímos à nossa correspondente de guerra, com larga experiência internacional, a missão circular por locais históricos para fotografar o que visse de interessante
em termos culturais, para um update da equipe aqui do Quiosque Arruda.
Valendo-se da liberdade que lhe demos para transitar pelos lugares que escolhesse, lá foi ela começando pelo
Morro da Conceição.
Subiu por um lado, desceu pelo outro, caminou sem parar em direção ao sul e chegou mais uma vez a Parati. Bateu a fome, entrou num restaurante, examinou detidamente o cardápio. Como a grana estava curta, pediu um copo dágua, um palito e um cafezinho.
Cansada prosseguiu de bicicleta.
Pedalou, pedalou, até que, como num passe de mágica, num devaneio de Alice no País das Maravilhas, se viu numa estação ferroviária desconhecida.
Não sabia onde estava mas, sem dúvida, o começo da primavera ali era notável.
As flores desabrochavam com vigor. Os homens se comportavam estranhamente quando encontravam mulheres. A publicidade se inspirava no amor. Eram muitos os casais namorando e dançando, porque muitos também eram os músicos tocando nas ruas.
Eis que surgiu um grafite para lembra-la de sua missão e ela voltou a fotografar avidamente tudo o que via, na esperaça de encontrar algo que lhe desse uma dica do lugar onde estava .
Dito em feito. Logo um painel dava essa indicação.
Caminhou mais um pouco e esbarrou em quem? No Jean-Marc e na Vilma.
Não havia dúvida. Retornara ao Rio de Janeiro e estava no Leblon.
A fome, então, apertou novamente foram jantar. Depois, Jean e Vilma levaram nossa correspondente para a casa deles, que estava muito diferente da que ela tinha conhecido no Leblon.
Foi então que, depois de tomar duas taças de vinho nacional, ela se deu conta do que tinha acontecido e achou tudo muito engraçado.
Ela havia pedalado tanto que não estava no Leblon mais. Aliás, tinha até passado do Méier. Ela tinha chegado a
Paris.
PARIS
PARIS DE MONET
PARIS, CARAMBA, QUE OS FRANCESES PENSAM QUE É DELES, MAS QUE, COMO O RIO DE JANEIRO, ROMA E NOVA IORQUE, PERTENCE A TODO MUNDO !!!!!!!!!!
Terra de povo civilizado, na qual, quando o Governo emite uma ordem, todos cumprem.
Nossa correspondente internacional, então, refletiu:
POIS É,
O MUNDO É PEQUENO PRÁ CARAMBA.
Retornando à sede deste Quiosque, porém, nosso editor examinou o material fotográfico colhido antes mesmo de ser tratado por sua autora e, espumando como um cão hidrófobo perguntou:
"- Você saiu para fotografar cultura, mas na maioria das suas fotos você só registrou gente! Cadê a cultura?"
Ao que nossa correspondente respondeu impávida.
"- Ora, meu caro, cultura é isso. Quem faz cultura é gente, quem transporta a cultura dentro de si é gente, quem transmite cultura é gente e quem consome cultura é gente. Missão cumpridíssima. Fui."
(pressione o mouse sobre a seta para ver o vídeo)